Internacional

Oposição abandona coligação e concorre dividida a presidenciais em Taiwan

O vice-presidente William Lai (ao centro na imagem) é o favorito nas presidenciais taiwanesas de 13 de janeiro de 2024
O vice-presidente William Lai (ao centro na imagem) é o favorito nas presidenciais taiwanesas de 13 de janeiro de 2024
Alberto Buzzola/LightRocket/Getty Images

Os dois principais grupos da oposição em Taiwan, o Partido Nacionalista, também conhecido como Kuomintang, e o Partido Popular de Taiwan (TPP, na sigla em inglês), formalizaram hoje candidaturas às presidenciais, após abandonarem uma potencial coligação eleitoral.

Os dois principais grupos da oposição em Taiwan, o Partido Nacionalista, conhecido como Kuomintang, e o Partido Popular de Taiwan (TPP, na sigla em inglês), formalizaram esta sexta-feira candidaturas às presidenciais, após abandonarem uma potencial coligação eleitoral.

O Kuomintang anunciou que o seu candidato presidencial, Hou Yu-ih, será acompanhado por Jaw Shau-kong, de 73 anos, presidente da maior operadora de rádio de Taiwan, a BCC, para vice-presidente. Na apresentação da candidatura, Hou admitiu que os nacionalistas “contavam com o TPP” para fechar um acordo e que esperaram “até ao último momento”. O prazo para a apresentação de candidaturas eleitorais termina esta sexta-feira. “Precisávamos de um vice-presidente que lutasse lado a lado. E o candidato mais preparado para o combate é Jaw Shau-kong”, disse Hou.

O TPP registou a candidatura presidencial de Ko Wen-je, ex-presidente da câmara da capital, Taipé, acompanhado pela deputada Cynthia Wu Hsin-ying para o cargo de vice-presidente.

As duas formações, que anunciaram a coligação a 15 de Novembro, pretendiam concorrer unidas contra William Lai Ching-te, atual vice-presidente e candidato a chefe de Estado pelo Partido Democrático Progressista, no poder. É o favorito nas sondagens.

Hou e Ko participaram num tenso debate ao vivo na tarde de quinta-feira, no qual discutiram hora e meia quem deveria ser o candidato presidencial e trocaram acusações por não terem chegado a acordo.

Lai escolheu para vice Hsiao Bi-khim, que desde 2020 é embaixadora de facto de Taipé nos Estados Unidos. Nascida no Japão há 52 anos, é filha de pai taiwanês e mãe americana. É considerada uma diplomata astuta e com bons contactos, que tem conseguido navegar entre as tensões geopolíticas que dividem Washington e Pequim.

A sua escolha deve reforçar o apoio ao atual vice entre os membros do Partido Democrático Progressista, pró-independência. As sondagens mostram Lai à frente (30%), apesar de observadores acusarem a China de tentar influenciar grupos empresariais e órgãos de comunicação social locais. Lai é vice da Presidente Tsai Ing-wen, prestes a terminar o seu segundo mandato de quatro anos. O exercício do cargo está limitado a dois mandatos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate