Internacional

Eleições presidenciais argentinas com 74% de participação, a mais baixa em democracia

Javier Milei, acompanhado pela irmã, reage aos resultados das eleições gerais na Argentina
Javier Milei, acompanhado pela irmã, reage aos resultados das eleições gerais na Argentina
MATIAS BAGLIETTO/REUTERS

Cerca de 74% dos eleitores argentinos votaram este domingo nas eleições gerais, o que representa um aumento de cinco pontos percentuais em relação às primárias realizadas em agosto, mas o valor mais baixo em votações gerais, anunciaram fontes oficiais.

Cerca de 74% dos eleitores argentinos votaram este domingo nas eleições gerais, o que representa um aumento de cinco pontos percentuais em relação às primárias realizadas em agosto, mas o valor mais baixo em votações gerais, anunciaram fontes oficiais.

O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, fez o balanço após o encerramento das assembleias de voto na Argentina, marcado para as 18:00 (22:00 em Lisboa), embora tenha referido que ainda havia mesas de voto abertas, pelo que a percentagem poderá ser mais elevada.

As eleições PASO (eleições primárias simultâneas e obrigatórias), realizadas a 13 de agosto, encerraram com uma taxa de participação de 69%, ou seja, menos cinco pontos.

Na ausência de resultados concretos sobre o aumento ou não da participação dos eleitores mais atrasados, a taxa de participação é a mais baixa numa eleição geral - tanto na primeira como na segunda volta - desde o regresso do país à democracia.

Até agora, o valor mais baixo tinha sido registado em 2007, quando 76,20 % dos eleitores foram às urnas na primeira volta, a única necessária nessa ocasião para confirmar a vitória da peronista Cristina Fernández, que substituiu o seu marido, Néstor Kirchner (2003-2007).

A taxa de participação mais alta foi registada em 1983, nas primeiras eleições democráticas após a ditadura (1976-1983), quando 85,61% foram às urnas para dar a vitória a Raúl Alfonsín.

Cerca de 35,4 milhões de argentinos foram chamados hoje a eleger o Presidente e o vice-presidente, bem como a renovar 130 dos 257 lugares na Câmara dos Deputados e 24 dos 72 no Senado, e a nomear 43 representantes argentinos no Parlamento do Mercosul (Parlasul, o órgão legislativo do bloco constituído pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).

E também para escolher dirigentes nas províncias de Buenos Aires, Catamarca, Entre Ríos e a Cidade Autónoma de Buenos Aires, que decidiram não separar as suas eleições das eleições nacionais, como fizeram os restantes distritos.

Os primeiros resultados da contagem provisória - a definitiva começa na próxima terça-feira - serão conhecidos a partir das 22:30 (01:30 de segunda-feira em Lisboa), embora o secretário da Presidência tenha pedido "paciência" com o processo.

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