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Peer de Silva: de guardião da bomba atómica a agente da CIA

HISTÓRIA Robert Oppenheimer (à esq.) e o lusodescendente Peer da SIlva, chefe de segurança em Los Alamos, fotografados em 1944 quando escolhiam o local para o primeiro teste da bomba atómica
HISTÓRIA Robert Oppenheimer (à esq.) e o lusodescendente Peer da SIlva, chefe de segurança em Los Alamos, fotografados em 1944 quando escolhiam o local para o primeiro teste da bomba atómica

Numa vida de aventuras que o levou a viajar por meio mundo, Peer de Silva trabalhou com Oppenheimer na bomba atómica e subiu a pulso de simples soldado até figura de relevo na CIA, sendo testemunha e ator em alguns dos episódios mais negros da história do século XX

Ricardo Silva

O

cenário era inusitado. Dois homens caminhavam através do deserto e olhavam atentamente em redor, analisavam a topografia e tiravam apontamentos, indiferentes aos outros que os observavam a uma curta distância. Conhecido como Jornada del Muerto, aquele lugar era inóspito e vazio de humanidade, e era exatamente aquilo que procuravam. Um dos dois era Oppenheimer, o chefe do Projeto Manhattan que ficaria para a história como o “pai da bomba atómica”, e ao seu lado estava um militar de porte marcial com quem ia trocando impressões. Era o temido chefe de informações que controlava a segurança das instalações em Los Alamos, o capitão Peer de Silva, um lusodescendente destinado a ter um papel destacado na história da bomba atómica e um futuro feito de aventuras ao serviço da CIA. Mas a sua história começa muito antes, num Portugal empobrecido de onde vagas de portugueses partiam em busca de uma vida melhor.

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