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Defender monumentos ou populações? “Não é possível diferenciar a proteção das pessoas e do seu património”

A Catedral da Transfiguração em Odessa danificada por ataque russo
A Catedral da Transfiguração em Odessa danificada por ataque russo
André Alves / Anadolu Agency / Getty Images

No decurso de conflitos armados, o património cultural torna-se, muitas vezes, um alvo. A Ucrânia é apenas a última entrada numa lista negra que inclui também, nos últimos anos, o Afeganistão, a Bósnia-Herzegovina, o Iraque e o Mali

Em tempos de guerra, qualquer apelo à defesa do património cultural pode parecer desprovido de sensibilidade, enquanto todos os dias morrem militares no campo de batalha ou civis são apanhados no meio de fogo cruzado. Mas há quem o faça com convicção e justifique essa necessidade como forma de injetar otimismo nas sociedades, contribuir para um sentimento de orgulho e ajudar à definição de um futuro coletivo.

“O património cultural é fundamental para uma sociedade. Dá aos indivíduos um sentido de lugar, de pertença e de identidade. E confere dignidade às comunidades”, diz ao Expresso Peter Stone, que dirige a Blue Shield, organização com sede no Reino Unido comprometida com a proteção do património cultural e natural, tangível e intangível, em contexto de conflito armado, desastre natural ou provocado pelo homem. “Não é possível diferenciar entre a proteção das pessoas e a proteção do seu património.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MMota@expresso.impresa.pt

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