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Há 79 anos em Varsóvia começava a maior revolta da II Guerra Mundial contra o exército nazi

Um soldado do Exército Nacional da Polónia camainha sobre as ruínas da cidade de Varsóvia, totalmente destruída por cinco anos de ocupação nazi
Um soldado do Exército Nacional da Polónia camainha sobre as ruínas da cidade de Varsóvia, totalmente destruída por cinco anos de ocupação nazi
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Às 17h de 1 de agosto é normal haver, na capital da Polónia, sirenes a tocar, carros a interromper a marcha, pessoas paradas e silenciosas nas praças, esplanadas e locais de trabalho. A data marca o início, em 1944, da maior e mais sangrenta revolta contra o domínio nazi da II Guerra Mundial. Os ensinamentos desses meses negros não ficaram fechados nos livros

Há 79 anos em Varsóvia começava a maior revolta da II Guerra Mundial contra o exército nazi

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Os polacos não esquecem, o Ocidente não aprende. É mais ou menos este o resumo que Adrian Kolano, analista de Relações Internacionais no Warsaw Institute, faz do legado histórico da que ficou conhecida como a maior sublevação militar contra o exército nazi durante a II Guerra Mundial: a Revolta de Varsóvia, em 1944. Pouco mais de um ano antes dera-se a Revolta do Gueto de Varsóvia, também esmagada pelos nazis. Alguns dos poucos sobreviventes vieram a participar no levantamento do ano seguinte.

O Expresso falou com Kolano após ter lido um texto seu, publicado na página desse instituto, onde traça semelhanças entre a revolta polaca contra os nazis e o atual esforço dos ucranianos contra a invasão russa. “A principal ligação entre os dois acontecimentos, e isso não acontece assim com tanta frequência ou clareza na História, é que ambos estavam e estão a lutar contra o mal no seu estado mais puro. O que os nazis diziam dos polacos e dos outros povos é o mesmo que a propaganda russa tenta hoje dizer ao povo russo e não só: que os ucranianos são sub-humanos, que a nação ucraniana não tem razão de existir, etc.”, começa por dizer Kolano. Mas vamos à História.

Estamos em 1944 e pela primeira vez em cinco anos começam a desenhar-se possibilidades além da até então aparentemente óbvia vitória alemã. O exército de Hitler continua a ser uma força temível, mas a entrada da Rússia no conflito, avançando de leste, modifica-lhe por completo a dinâmica. Por esta altura, o aparelho nazi já ocupava a Polónia há cinco anos. Os polacos estavam a ser massacrados, deportados, torturados.

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