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Bolsonaro está inelegível até 2030, e a decisão deve-se ao PDT, um partido que foi fundado em Lisboa pela mão de Leonel Brizola

Bolsonaro está inelegível até 2030, e a decisão deve-se ao PDT, um partido que foi fundado em Lisboa pela mão de Leonel Brizola
Andressa Anholete/Getty Images

Por cinco votos contra dois, Jair Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030. A quarta sessão do seu julgamento quase se assemelhou a um jogo de futebol, com o Brasil de os olhos postos no placard de contagem. Os votos dos juízes a favor da inabilitação do ex-Presidente foram caindo: Benedito Gonçalves (o primeiro), André Ramos Tavares, Floriano de Azevedo Marques, Cármen Lúcia (voto decisivo) e, por fim, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A favor de Bolsonaro votaram Kássio Nunes Marques e Raul Araújo. Tudo indica que o ex-Presidente vá recorrer da decisão. Esta resultou de uma ação interposta por um partido fundado em Lisboa por um amigo de Mário Soares

A única mulher que integra o Tribunal Superior Eleitoral brasileiro foi a primeira a votar na quarta sessão do julgamento de Jair Bolsonaro. Cármen Lúcia disse que o ex-Presidente fez um discurso em “monólogo” numa reunião com os embaixadores em julho do ano passado, e não deu oportunidade aos diplomatas presentes de colocarem questões.

Em linha com o que dissera o seu colega Benedito Gonçalves – juiz relator do processo – na passada terça-feira, Cármen Lúcia destacou a “autopromoção (e) desqualificação do Poder Judiciário” por Bolsonaro no referido encontro com os 72 diplomatas acreditados em Brasília. Um servidor público não pode usar o espaço público para “ser eleitoreiro” e fazer “achaques” contra ministros, como se não estivesse atingindo a própria instituição. “Não há democracia sem Poder Judiciário independente”, disse Carmen Lúcia

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