O departamento de segurança interna dos Estados Unidos da América anunciou sanções contra duas empresas chinesas por promoverem trabalho forçado na região de Xinjiang, com graves abusos e outro tipo de exploração da minoria uigur.
Em causa está a gráfica Ninestar (e as suas oito subsidiárias) e a Zhongtai Chemical, acusadas pelos Estados Unidos de "trabalhar com as autoridades locais de Xinjiang para recrutar, transportar, transferir, abrigar ou receber trabalho forçado" dos uigures.
A inclusão destas duas empresas eleva para 22 o número de entidades punidas desde a entrada em vigor, no ano passado, da lei correspondente.
"Esta administração está empenhada em erradicar o trabalho forçado das cadeias de abastecimento dos EUA e irá fazê-lo enquanto facilita o comércio legítimo e fortalece a economia nacional", disse o secretário de Segurança Interna, Alejandro N. Mayorkas.
"O nosso departamento não tolerará governos que abusem dos direitos humanos e continuará a restringir todas as mercadorias nos nossos portos de entrada que usam materiais ou trabalhadores da Região Autónoma Uigur de Xinjiang, onde a República Popular da China oprime e explora agressivamente os uigures e outras comunidades de maioria muçulmana", acrescentou.
Este anúncio, feito na sexta-feira, antecede a visita à China do secretário norte-americano, Antony Blinken, para reduzir as tensões entre as duas potências.
As duas empresas informaram hoje que estão a avaliar o impacto da medida sancionatória dos Estados Unidos.
Segundo a Bloomberg, a Ninestar garantiu que cumpre todas as leis e regulamentos aplicáveis ??e cumpre os padrões internacionais de proteção ao trabalho, enquanto a Zhongtai Chemical antecipou que não espera um impacto significativo nas suas operações, uma vez que as exportações representaram apenas 6,6% da receita em 2022.
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