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Trump enfrenta segunda acusação: caso é "muito mais grave", adversários "têm de se manter colados à narrativa"

Ex-Presidente à saída da Trump Tower para se ir apresentar ao tribunal em Nova Iorque
Ex-Presidente à saída da Trump Tower para se ir apresentar ao tribunal em Nova Iorque
Peter Foley

Depois de fazer história ao ser o primeiro ex-presidente americano a enfrentar acusações criminais, Donald Trump volta a ser estar na mira da justiça. Em causa estão documentos classificados encontrados na sua residência. Especialistas ouvidos pelo Expresso entendem que o caso não vai ter impacto na corrida do candidato às presidenciais

Trump enfrenta segunda acusação: caso é "muito mais grave", adversários "têm de se manter colados à narrativa"

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

“Sou um homem inocente”, escreveu Donald Trump na sua plataforma social ‘Truth Social’. A declaração surge no seguimento de um novo caso legal contra o ex-presidente dos Estados Unidos e a justiça americana vai tentar provar que é errada. Trump é acusado de manter ilegalmente documentos classificados e é esperado num tribunal federal de Miami na terça-dia.

De acordo com a Reuters, Trump enfrenta acusações de sete condutas criminais relacionadas com o tratamento de materiais governamentais sensíveis no seguimento da sua saída da Casa Branca, em janeiro de 2021. Depois de ser derrotado por Joe Biden nas últimas eleições presidenciais, Trump alegadamente levou caixas com documentos para a sua residência Mar-a-Lago, na Flórida. Segundo o Politico, as autoridades federais recuperaram no ano passado mais de 300 documentos classificados.

Donald Trump alega que a acusação é “interferência eleitoral” e uma “caça às bruxas”. O ex-presidente quer recuperar o seu lugar na Casa Branca e apresentou a sua recandidatura em novembro.

Para já, não se antecipa que esta ação judicial influencie a sua corrida eleitoral. O analista Germano Almeida entende que não vai alterar o posicionamento e as hipóteses de Trump. “Não estou a ver o que possa comprometer o apoio a Trump junto da sua base [de eleitores]”, aponta. O especialista em temas de política norte-americana olha para Trump como “o claro favorito à nomeação republicana” mas também com “um caminho muito estreito, quase impossível, para vencer a eleição geral porque tem uma taxa de rejeição na casa dos 60%”.

“O problema de um candidato e de um perfil como o de Trump, populista e que tem uma capacidade de criar uma narrativa falsa mas bastante atraente para aos seus eleitores, é que em qualquer situação não vê um comprometimento mas um reforço da tese”, disse ao Expresso.

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