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Membros da ETA condenados por assassínio são candidatos às autárquicas em Espanha, mas prometem não tomar posse se ganharem

Arnaldo Otegi, chefe do partido independentista radical basco Euskal Herria Bildu
Arnaldo Otegi, chefe do partido independentista radical basco Euskal Herria Bildu
Javi Colmenero/Europa Press/Getty Images

Os sete assassinos que integram as listas independentistas radicais no País Basco comprometem-se a renunciar aos cargos se forem eleitos no próximo dia 28. Há outros 37 candidatos etarras. Primeiro-ministro socialista é atacado por contar com apoio parlamentar do partido que os apresenta

Membros da ETA condenados por assassínio são candidatos às autárquicas em Espanha, mas prometem não tomar posse se ganharem

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

A aliança radical basca Euskal Herria Bildu (EHB, Unir o País Basco, esquerda independentista) polarizou em poucas horas a campanha para as eleições municipais e regionais de 28 de maio em Espanha. Esta força política, herdeira ideológica da antiga Batasuna (braço político da organização terrorista ETA) incluiu nas suas mais de 300 listas de candidatos a presidentes da Câmara e vereadores, em municípios do País Basco e Navarra, antigos militantes do grupo armado, que se autodissolveu em 2018.

Entre os 44 candidatos do Bildu que foram condenados em tribunal por pertença à ETA, sete cumpriram longas penas de prisão por terem cometido assassínios, alguns nas mesmíssimas localidades que agora se propõem governar. Foi uma investigação da Associação de Vítimas do Terrorismo (AVT) que revelou esta anomalia, denunciando o agravo e a dor causada aos familiares dos mortos perante o desejo dos verdugos de serem seus representantes democráticos.

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