Terminou esta quarta-feira a passagem do vice-presidente da República Popular da China por Portugal. Pouco se sabe do que foi dito nos encontros que Han Zheng teve com o Presidente da República e com o primeiro-ministro. Entre comunicados oficiais e tweets, surgem temas como “trocas comerciais e investimento”, “matérias referentes à atualidade internacional” e “necessidade de encontrar um maior equilíbrio nas nossas trocas comerciais”. Afinal, que dossiês pendem entre os dois países?
As relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China estabeleceram-se em 1979. No ano seguinte, assinava-se em Pequim um acordo comercial. A partir daí, a cooperação alargou-se sucessivamente a outras áreas.
Macau
Um dos pontos chave nas relações bilaterais foi a transferência de soberania de Macau, que deixou de estar sob administração portuguesa em dezembro de 1999. Apesar de hoje haver alertas sobre repressão das liberdades e garantidas que naquela altura ficaram acordadas, essas críticas não têm eco público pela voz de Portugal. Quando o chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, visitou Lisboa em abril, foi condecorado. O foco das relações com a China tem sido económico.
Ho Iat Seng convidou recentemente representantes do Governo português a visitarem a cidade, na próxima conferência ministerial do Fórum Macau. Meios de comunicação da região especificaram que se espera que António Costa visite o território. O Fórum Macau é um mecanismo de cooperação — no qual Portugal participa — que tem como objetivo “consolidar o intercâmbio económico e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Para o diálogo fluir, um dos focos de Macau passa pelo ensino bilíngue das línguas chinesa e portuguesa. É visto como vantagem para trocas comerciais com países lusófonos.
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