Internacional

Macron está na China, mas em França os protestos não abrandam

Estima-se que em Paris tenham saído à rua 400 mil pessoas
Estima-se que em Paris tenham saído à rua 400 mil pessoas
THOMAS SAMSON / AFP / Getty Images

Milhares de franceses saíram à rua de várias cidades do país, esta sexta-feira, em protesto contra o projeto de reforma do sistema de pensões. Cumpriram a 11ª jornada de greve e mobilização nacional, com registo de novos confrontos em Paris

Dentro de exatamente uma semana, o Conselho Constitucional da República Francesa vai pronunciar-se sobre o polémico projeto de reforma do sistema de pensões que tem levado milhões de franceses às ruas.

Até lá, os franceses não parecem dispostos a dar tréguas. Esta sexta-feira, cumpriram o 11º dia de protestos que, segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT), mobilizou 400 mil pessoas só em Paris. Segundo o diário “Le Monde”, trata-se de um número “menor em comparação com a última jornada”.

Na capital francesa, os protestos foram vigiados de perto por cerca de 4200 polícias, havendo o registo de confrontos que provocaram três feridos (dois polícias e um manifestante) e pelo menos 20 detenções. Em todo o país, o Ministério do Interior mobilizou 11.500 agentes de segurança.

Os ânimos exaltaram-se, em especial junto ao restaurante “La Rotonde”, onde Emmanuel Macron celebrou a sua passagem à segunda volta nas eleições presidenciais de 2017. O espaço “pegou fogo após um bomba de fumo ter caído sobre o toldo vermelho”, descreve o jornal “Libèration”. Há também notícias da destruição da montra de um banco.

O Presidente francês — que está ausente do país, em visita à China, com o conflito da Ucrânia em mente — é o grande visado pela contestação.

No centro da controvérsia está um projeto-lei de iniciativa do Governo, que já foi passou no Senado e na Assembleia Nacional, que tem como principal medida o aumento da idade da reforma dos 62 anos para os 64 anos.

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