Quando Donald Trump se preparava para ouvir a acusação pelo crime de falsificação de documentos e violação de lei eleitoral, assente em 34 declarações e registo de negócios falsos com o objetivo de encobrimento, percebeu que seria tratado, de certa forma, como um cidadão comum.
No 15.º andar do Tribunal Criminal de Manhattan, ao virar a última esquina em direção à sala de audiência, o antigo Presidente dos Estados Unidos seguiu atrás de um dos polícias que o escoltavam, mas que não lhe segurou a porta, o que surpreendeu o milionário tornado político.
A cara de poucos amigos de Trump ganhou um tom ainda mais carregado. “Essas pequenas coisas incomodam-no, irritam-no. Ele está habituado, desde criança, a ser mimado, idolatrado até. O olhar que deitou ao polícia, como se tivesse recebido um insulto, diz tudo”, conta ao Expresso Dave Schiflett, o primeiro biógrafo do magnata e coautor, com Trump, do livro “The America We Deserve” (a América que merecemos, sem edição portuguesa).