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Donald Trump conta com mais um rival: Asa Hutchinson anuncia que se vai candidatar à presidência americana

Donald Trump conta com mais um rival: Asa Hutchinson anuncia que se vai candidatar à presidência americana
Ronald Martinez/Getty Images

Asa Hutchinson considera que o ex-Presidente Donald Trump deve deixar cair a candidatura e apresenta-se como uma alternativa dentro do partido Republicano. “Estou convencido de que as pessoas querem líderes que apelam ao melhor da América e não simplesmente aos nossos piores instintos”, defendeu

É republicano, tem 72 anos e foi governador do Estado de Arkansas, um cargo que agora é ocupado pela assessora de imprensa da Casa Branca que trabalhou com Trump, Sarah Huckabee Sanders. Declarando-se uma alternativa a um rumo do partido ligado a Trump, Asa Hutchinson anunciou que se vai candidatar à presidência dos Estados Unidos.

“Tomei uma decisão, e a minha decisão é que vou concorrer a Presidente dos Estados Unidos”, disse em entrevista à ABC News. O motivo que o leva a candidatar-se? “Viajei pelo país durante seis meses, ouvi as pessoas falarem sobre a liderança do nosso país. Estou convencido de que as pessoas querem líderes que apelam ao melhor da América e não simplesmente aos nossos piores instintos”, indicou.

Hutchinson tem uma presença política ativa no Arkansas há décadas, tendo assumido a presidência do Comité Republicano do estado entre 1990 e 1995. Antigo congressista, foi um dos gestores indicados pela Câmara dos Representantes em 1998 para conduzir o processo de destituição contra o ex-Presidente Bill Clinton. Assumiu a liderança da agência de combate às drogas dos Estados Unidos e integrou também o departamento de Segurança Nacional. Segundo a PBS, foi antagonizado por Trump quando vetou legislação que proibia o acesso a cuidados médicos de afirmação de género para crianças.

Com o anúncio de Hutchinson, a lista de candidatos republicanos está a aumentar. Junta-se a Donald Trump, Nikki Haley, ex-embaixadora das Nações Unidas, ao empresário Vivek Ramaswamy e ao político Corey Stapleton.


Asa Hutchinson não é um homem sem arrependimentos. Mais de um ano depois do início da pandemia, apelou a uma mudança legislativa, reconhecendo que se arrependeu de aprovar uma proposta que proibia as autoridades estatais de tornarem o uso de máscaras obrigatório. De acordo com a PBS News Hour, arrepende-se também de não ter incluído exceções para violações ou incesto nas restrições legais ao aborto que aprovou.

Face ao envolvimento do ex-Presidente e candidato Donald Trump em processos judiciais, Hutchinson defende que este deve abandonar a corrida às presidenciais. “Sempre disse que as pessoas não precisam de se afastar de cargos se estão sob investigação, mas se chega ao ponto de acusações criminais que devem ser respondidas, o cargo é sempre mais importante do que a pessoa”, disse à ABC News, acrescentando que “acredito que se estamos a olhar para a presidência e o futuro do nosso país, não precisamos dessa distração”.

A oposição a Trump não é inesperada. Hutchinson já tinha descrito que uma nova corrida presidencial entre Trump e Biden seria “o pior cenário”. Ainda assim, em dezembro não excluiu por completo apoiar Trump caso este se torne o candidato do Partido Republicano. Agora, descreve-se como “não-Trump” mas frisa que quer comunicar com os apoiantes do adversário e todos os membros do partido.

“Este é um dos ambientes políticos mais imprevisíveis que vi na minha vida. Por isso a minha mensagem de experiência, de conservadorismo consistente e esperança no nosso futuro em resolver problemas que os americanos enfrentam, acho que ressoa”, defendeu.

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