
O Presidente chinês quer mostrar ao mundo não-alinhado que só ele pode estabilizar o mundo e a economia
O Presidente chinês quer mostrar ao mundo não-alinhado que só ele pode estabilizar o mundo e a economia
Jornalista da secção Internacional
Ainda Xi Jinping não tinha aterrado de regresso ao seu país e já a Rússia fazia cair sobre Kiev dezenas de drones iranianos, lançados contra infraestruturas críticas e prédios de habitação. Pelo menos quatro pessoas morreram, e as equipas de emergência nos locais atingidos anunciavam, através de publicações nas redes sociais, que centenas continuavam soterradas, horas depois dos ataques.
Durante a visita que o líder chinês fez a Moscovo nos primeiros três dias da semana pouco se falou de “guerra”. O consenso linguístico daquele lado do mundo é que se trata de uma “crise”. Mas falou-se de paz. Da paz que a China desenhou para a Ucrânia. Ao contrário de Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky ainda não conseguiu falar com Xi, hipótese que esteve em cima da mesa, segundo fontes ucranianas citadas pela CNN. O Presidente da Ucrânia sabe que nada tem a ganhar em ostracizar Pequim, ao contrário do que tem sido a estratégia dos Estados Unidos. No rescaldo de mais uma noite de ataques russos, Zelensky disse, aliás, que “sempre que alguém tenta escutar a palavra ‘paz’ em Moscovo, logo vem ordem para mais bombardeamentos criminosos”. Putin mau, Xi menos mau.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt