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Toda a gente quer que a Alemanha tenha um papel mais interventivo na Defesa

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, de visita às forças especiais navais
O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, de visita às forças especiais navais
Morris MacMatzen/Getty Images

O oxigénio é como a Defesa: damos conta que falta quando não a temos. Daí que não haja hoje país europeu que não esteja a investir em segurança desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Na Europa, a Alemanha tem o maior orçamento de Defesa e foi o maior contribuinte para a Ucrânia. Todos esperam que Berlim lidere

Toda a gente quer que a Alemanha tenha um papel mais interventivo na Defesa

Cristina Peres

Jornalista de Internacional

Dois dias depois de os tanques russos terem entrado no território do leste da Ucrânia, o chanceler da Alemanha anunciava no Parlamento federal a Zeitenwende. Esses novos tempos, segundo Olaf Scholz, viravam as costas a décadas de cultura do pacifismo preconizado pela República federal em 1949, anunciando um investimento em segurança e Defesa inéditos: €100 mil milhões. Dois meses mais tarde, a coligação e a oposição, que tinham aprovado a quantia com uma maioria de dois terços, acordavam juntos os pormenores dos termos deste fundo de investimento no sector militar.

Para medidas excecionais, enquadramentos inéditos. Este que foi designado como “grande passo” pelo chanceler Scholz teve o pré-acordo dos partidos na oposição - democratas-cristãos e cristãos sociais da CDU-CSU - e vai exigir uma alteração à Lei Fundamental alemã para poder ser concretizado com detalhe, numa outra lei, da aplicação dos fundos nas Forças Armadas.

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