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Primeira cimeira em cinco anos: Sunak e Macron tentam dissipar o nevoeiro no canal. Há novas medidas contra barcos de migrantes

Rishi Sunak e Emmanuel Macron na primeira cimeira em cinco anos entre o Reino Unido e França
Rishi Sunak e Emmanuel Macron na primeira cimeira em cinco anos entre o Reino Unido e França
KIN CHEUNG/Getty Images

O primeiro-ministro do Reino Unido não conseguiu um acordo para devolver os migrantes que têm chegado ao seu país, em números cada vez maior, mas pode dizer que conseguiu mais colaboração francesa e medidas para travar o fluxo migratório. Foi a única pasta onde se acordaram passos concretos, mas a cimeira desta sexta-feira teve importância simbólica que não é de menosprezar. Há cinco anos que os líderes destes dois históricos aliados não se encontravam

Primeira cimeira em cinco anos: Sunak e Macron tentam dissipar o nevoeiro no canal. Há novas medidas contra barcos de migrantes

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Ainda dentro do Eurostar, o comboio que faz a ligação direta entre Reino Unido e França por baixo do Canal da Mancha, Rishi Sunak já usava a palavra “amigo” para se referir a Emmanuel Macron, com quem iria reunir-se dali a algumas horas. O primeiro-ministro britânico herdou a tarefa de pôr um fim à desconfiança mútua que imperou durante o mandato de Boris Johnson e, a julgar pelas fotos do encontro com o Presidente francês, o dossiê da afinidade parece estar mais ou menos resolvido.

Cheios de sorrisos e inclinações de torso para dizerem coisas ao ouvido um do outro, Sunak e Emmanuel Macron falaram durante uma hora, sem mais ninguém na sala. O rearranjo do protocolo não estava planeado, segundo a imprensa britânica. “Foi uma reunião calorosa e produtiva, discutiram a próxima partida do torneio das Seis Nações [de râguebi] e trocaram camisolas autografadas. Concordaram que é preciso colaborar mais numa série de questões, incluindo defesa, segurança energética e imigração ilegal”, disse um porta-voz de Sunak aos jornalistas reunidos em Paris.

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