O número total de vítimas mortais provocadas pelo sismo que, na segunda-feira, abalou o sul da Turquia e o norte da Síria subiu, na mais recente atualização, para 25.401.
Na Turquia, morreram pelo menos 21.848 pessoas. Na Síria, contabilizando o território controlado pelo governo de Assad e as zonas controladas pelos rebeldes, 3553 pessoas perderam a vida.
Neste momento, há também já cerca de 80 mil feridos confirmados pelas autoridades dos dois países. Para apoiar a população síria afetada pela tragédia, a ONU já anunciou que irá doar 25 milhões de dólares (€23,3M).
Equipas de emergência resgataram este sábado várias pessoas que estiveram soterradas sob escombros, em diferentes cidades da Turquia, durante mais de 120 horas.
Foi o caso de cinco membros da mesma família, resgatados 129 horas após os sismos de segunda-feira.
Ao início da manhã, segundo reporta a agência noticiosa Associated Press (AP), que cita a estação de rádio HaberTurk, as equipas de socorro resgataram mãe e filha, Havva e Fatmagul Aslan, de um monte de escombros na cidade de Nurdag, na província de Gaziantep.
Mais tarde, prosseguiu a HaberTurk, as equipas alcançaram o pai, Hasan Aslan, que insistiu que a outra filha, Zeynep, e o filho Saltik Bugra, fossem salvos antes dele.
As esperanças de encontrar mais sobreviventes vão, contudo, diminuindo a cada minuto que passa e os trabalhos de resgate já pararam em algumas áreas, com as equipas a começarem a remover os escombros.
Ajuda e equipas de salvamento concentraram-se nas grandes cidades turcas após o terramoto, mas há um grande número de pequenas localidades onde o apoio ainda não chegou, noticia a agência de notícias espanhola Efe.
O diário turco Hurriyet noticia que muitas das estradas que levam a aldeias rurais da região estão fechadas devido à queda de neve, enquanto o mau estado de muitas estradas de montanha, que já era assim antes do terramoto, complica as comunicações.
Em muitas localidades, as casas tornaram-se inabitáveis e alternativas como as tendas não chegam, sendo que a falta de água e comida também afeta os animais nestas pequenas aldeias agrícolas.
O sismo afetou uma população de 13 milhões de habitantes em 10 províncias turcas, onde o acesso à água ainda está cortado ou restrito, na melhor das hipóteses, e há falta de alimentos e o frio também aumenta o risco de epidemias.
Embora mais de 100 mil socorristas e pessoal de emergência trabalhem na área, a sua enorme dimensão, o elevado grau de destruição, os mais de mil tremores secundários registados e o frio complicam os trabalhos de auxílio às vítimas dos sismos.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que atingiu o sudeste da Turquia, numa área maior do que a superfície de Portugal, provocou um elevado grau de destruição, incluindo infraestruturas básicas, o que torna difícil a distribuição da ajuda.
Artigo atualizado às 15h45