Uma mulher turca, com 40 anos, morreu no hospital este sábado, um dia depois de ter sido retirada dos escombros de um prédio que desabou no sul da Turquia devido ao grande sismo, onde ficou presa por 104 horas, escreve a “Reuters”.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter, que atingiu o sudeste da Turquia e parte da Síria, numa área maior do que a superfície de Portugal, provocou um elevado grau de destruição, incluindo infraestruturas básicas, o que torna difícil a distribuição da ajuda. Cerca de 13 milhões de habitantes em 10 províncias turcas foram afetados, seja pelos destroços, ou pela falta de alimentos e pelo frio que se faz sentir.
Segundo a última atualização oficial, pelo menos 25.401 pessoas morreram, 21.848 das quais na Turquia. Na Síria, contabilizando o território controlado pelo governo de Assad e as zonas controladas pelos rebeldes, 3.553 pessoas perderam a vida. Há ainda cerca de 80 mil feridos confirmados pelas autoridades dos dois países. Para apoiar a população síria afetada pela tragédia, a ONU já anunciou que irá doar 25 milhões de dólares (cerca de 23,3 milhões de euros ao câmbio atual).
Embora mais de 100 mil socorristas e pessoal de emergência trabalhem na área, a sua enorme dimensão, o elevado grau de destruição, os mais de mil tremores secundários registados e o frio complicam os trabalhos de auxílio às vítimas dos sismos.
Entre a ajuda prestada encontra-se apoio arménio, visto que um ponto de passagem foi aberto, pela primeira vez em 35 anos, na fronteira da Turquia com a Arménia para entregar ajuda às vítimas do terremoto. Cinco camiões cruzaram este sábado o ponto de passagem.
Entre as equipas de apoio encontram-se também 52 portugueses. A equipa portuguesa que está em Antáquia lamentava, no início de sábado, que não tinha encontrado qualquer pessoa com vida naquela que é uma das cidades mais afetadas pelo sismo. Entretanto, ao final do dia, o momento chegou: resgataram uma criança de 10 anos dos destroços. Marcelo Rebelo de Sousa “felicitou calorosamente” o comandante da força portuguesa.
Na manhã deste sábado chegou à Turquia um primeiro 'comboio' das Nações Unidas com ajuda humanitária específica para apoiar as vítimas dos sismos. Do lado da OMS chegaram 37 toneladas de equipamento médico. Por outro lado, duas organizações humanitárias alemãs suspenderam as operações de resgate na Turquia devido a problemas de segurança e relatos de confrontos entre grupos de pessoas e tiros.
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