Sismo na Turquia e Síria: 10 formas de ajudar os sobreviventes

Veja o que donativos estão a recolher as organizações a trabalhar nas zonas afetadas pelo sismo
Veja o que donativos estão a recolher as organizações a trabalhar nas zonas afetadas pelo sismo
Com 11800 mortos e mais de 37 mil feridos já confirmados oficialmente, o sismo que abalou o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada de segunda-feira é já considerado um dos mais fortes do último século na região.
Apesar do frio e condições adversas, continuam no terreno as operações de resgate. Segundo a AFAD (serviço de gestão de desastres do governo turco), estas envolvem 98 153 pessoas distribuídas por 5,309 equipas.
Muitos países já estão a enviar ajuda e socorristas para as zonas afetadas.
Portugal disponibilizou 53 elementos da Proteção Civil, GNR e emergência médica de Portugal e fornecerá equipamento de busca e salvamento, mas não equipamento pesado.
A nível internacional, o Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU já disponibilizou 25 milhões de dólares para apoiar as zonas afetadas. Já a União Europeia vai enviar 6,5 milhões de euros de ajuda a Ancara e Damasco.
A título individual, estas são algumas formas de ajudar os sobreviventes:
1.
A Embaixada da Turquia em Lisboa está a recolher donativos até 15 de fevereiro. Da lista de bens pedidos constam:
A delegação apela a que os produtos sejam “em primeira mão e adequados a condições de inverno”.
E disponibiliza também um contacto para quem queira entregar donativos no Porto.
2.
Com a ajuda humanitária internacional a começar a chegar à Turquia, uma das formas mais eficientes de ajudar é através de donativos monetários.
O Crescente Vermelho da Turquia já tem uma campanha direcionada para apoiar os sobreviventes do sismo. “Precisamos do seu apoio para alcançar mais vítimas do sismo e apoiá-los com a nossa ajuda”, apela a instituição parte do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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3.
A AFAD é o mecanismo de gestão de desastres e emergências do governo turco. Este organismo oficial, que funciona sob a alçada do ministério do Interior, tem sido o responsável por atualizar a contagem oficial de vítimas na Turquia.
No seu site, o mecanismo dá conta que os trabalhos continuam em marcha para “eliminar as condições que afetam a vida geral após o terramoto e dar resposta às necessidades urgentes dos cidadãos”.
“Para não deixar sem resposta nenhuma destas necessidades”, o AFAD disponibiliza uma série de opções para doações monetárias.
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4.
A Campanha da Fundação Türkiye Diyanet é outro dos meios oficiais para fazer doações para apoio às vítimas na Turquia, como refere a própria embaixada no Facebook.
“A Fundação Turkiye Diyanet também cura feridas ao responder imediatamente a terremotos na Turquia e no exterior ao entregar ajuda humanitária urgente”, apresenta-se a organização no seu site. “Com o apoio da nossa estimada instituição de caridade, tentamos aliviar parte da dor do incidente, entregando mantimentos humanitários urgentes, como cobertores, aquecedores, refeições quentes, água e pacotes de higiene para zonas de terremoto. Famílias cujas casas foram destruídas ou estão impossibilitadas de entrar nas suas casas devido aos tremores estão a tentar sobreviver com ajuda enviada para a área.”
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5.
Além das instituições turcas, estão no terreno uma série de organizações internacionais. É o caso do Programa Alimentar Mundial da ONU.
“As equipas do WFP estão prontas para trabalhar ao lado de agências parceiras. Muitas das pessoas que vivem na área afetada já estão vulneráveis por terem fugido do conflito na Síria. Precisamos da sua ajuda”, apela a organização.
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6.
Os Capacetes Brancos, também conhecidos por Defesa Civil Síria, são uma das organizações na linha da frente da resposta na Síria.
Esta ONG foi fundada em 2014 e atua nas áreas sob controlo da oposição ao governo. A sua atuação no contexto da guerra civil valeu-lhes a nomeação para o Nobel da Paz em 2016. Agora lançaram uma campanha específica para as vítimas do sismo.
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7.
O braço da agência da ONU para refugiados em Portugal também já lançou uma campanha específica destinada aos sobreviventes do sismo.
“O ACNUR está no terreno com artigos de emergência incluindo tendas, cobertores, e artigos de higiene. Por favor, faça agora o seu donativo para fornecer ajuda de emergência às pessoas afetadas”, explicam.
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8.
A agência da ONU para as crianças também está a pedir donativos numa campanha especialmente destinada aos afetados por este terramoto.
A organização explica que já tem equipas no terreno focadas no apoio às operações de busca e salvamento. E especificam que os seus esforços estão concentrados no acesso a água potável e saneamento, material médico, protecção infantil, nutrição, abrigos e agasalhos.
A UNICEF alerta ainda para a situação particularmente crítica na Síria. “Onze anos após o início do conflito na Síria, com um Inverno rigoroso e um surto de cólera, as crianças e as famílias já lutavam para sobreviver no país. Agora, o impacto de um terramoto tão devastador veio agravar a situação humanitária.”
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9.
A ONG, ativa desde 1919, detém um fundo que atua em todo o mundo em situações de crise, sejam estas decorrentes de um conflito, catástrofes naturais ou alterações climáticas.
“Numa crise, sabemos que as crianças estão sempre em maior risco”, defendem.
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10.
A organização de ajuda médica e humanitária presta apoio a populações em situações de emergência e já estava no terreno nas zonas afetadas, mesmo antes do sismo. Um dos seus funcionários é inclusivamente uma das vítimas a lamentar neste desastre, tendo sido encontrado debaixo dos escombros da sua casa em Idlib, na Síria.
A ONG relata estar a trabalhar no terreno desde as primeiras horas que se seguiram ao sismo, tendo prestado apoio imediato a 23 instalações de saúde em Idlib e nas províncias de Aleppo.
No seu site mantêm as doações abertas, mas não têm uma campanha específica para esta catástrofe. Nas secção perguntas frequentes explicam que doações sem estarem alocadas a um país ou projeto específico permitem à organização “distribuir os recursos de forma mais eficiente, onde as necessidades são mais prementes”. “Algumas crises e emergências chegam às notícias e ganham a atenção do público, muitas outras não.”
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