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Internacional

Choque de placas tectónicas sociais ajuda a explicar crise no Peru

Manifestação em Lima contra a Presidente do Peru, Dina Boluarte
Manifestação em Lima contra a Presidente do Peru, Dina Boluarte
Klebher Vasquez/Anadolu/Getty Images

O país andino assiste à maior onda de violência desde a derrota do movimento terrorista Sendero Luminoso, em 1992. Há mais de 50 mortos confirmados, entre polícias, manifestantes e cidadãos impedidos de chegar ao hospital pelo bloqueio de estradas, incluindo crianças. A situação inflamou-se com a entrada no Peru do ex-Presidente boliviano Evo Morales, mas as suas raízes são mais profundas

Luís Novais, correspondente em Lima

Em julho de 2021 o tribunal eleitoral do Peru declarou vencedor das presidenciais o esquerdista Pedro Castillo, dirigente sindical e professor primário de província. Foram talvez as eleições mais renhidas da história do país: o eleito obteve 50,1% dos votos, contra 49,9% da rival Keiko Fujimori, eterna candidata da direita conservadora populista e filha do ex-Presidente Alberto Fujimori, que cumpre uma pesada pena de prisão por graves crimes cometidos durante os seus mandatos.

Num país com 25 milhões de eleitores, que o novo chefe de Estado tivesse apenas mais 44 mil votos do que a adversária fazia adivinhar um mandato difícil e de confronto permanente com o Congresso (Parlamento). No Peru, Presidente e congressistas são eleitos ao mesmo tempo e a grande dispersão de voto na primeira volta tem reflexo num Congresso muito fragmentado.

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