Sob desconfiança e pressão do mercado financeiro, Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, esta semana, o seu terceiro mandato como Presidente do Brasil. É o primeiro a consegui-lo graças ao voto popular. Em resposta àquilo a que chama “herança maldita” do seu antecessor, Jair Bolsonaro, o chefe de Estado do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda) promete exercer o papel de “mediador de interesses divergentes”, governando com responsabilidade fiscal, pondo ao mesmo tempo “os pobres no orçamento público”, para diminuir as imensas desigualdades sociais do país.
Não serão tarefas fáceis. O mercado financeiro abriu a semana demonstrando mau humor com o discurso de posse e as primeiras medidas do Presidente. A Bolsa de Valores caiu e a procura de dólares aumentou, elevando a sua cotação. Investidores e operadores financeiros queixam-se de que não é claro que o Governo vá procurar equilíbrio fiscal através do corte de gastos, sem subir os impostos.