Medo e desconfiança entraram no quotidiano dos são-tomenses desde que tortura levou à morte no quartel-general do país. Familiares das vítimas ainda não tiveram acesso aos relatórios das autópsias
“Há que investigar quem encomendou estas mortes”, diz ao Expresso Delfim Neves, o ex-presidente da Assembleia Nacional e atual deputado do Movimento Basta, que afirma ter “escapado ao corredor da morte” na sequência dos acontecimentos do 25 de novembro em São Tomé e Príncipe. Na sua opinião, só uma investigação independente conduzida pela comunidade internacional pode garantir que não se venha a “instalar a impunidade” no país.
Delfim Neves falou ao Expresso em Lisboa, onde se encontra em tratamento médico em posse de um Termo de Identificação e Residência com permissão de viajar, depois de ter sido declarado pelo Ministério Público não “haver indícios nem provas consistentes e sólidas” que pudessem promover uma situação mais grave. Neves foi detido na sua residência sem mandado de busca por alegado envolvimento no golpe de Estado de 25 de novembro.
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