Internacional

Foi como Churchill? Não, como Zelensky (o que fica da visita do Presidente ucraniano aos EUA)

23 dezembro 2022 11:08

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Ricardo Lourenço

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

Joe Biden recebeu o Presidente ucraniano, quarta-feira, na Sala Oval da Casa Branca

leah millis/reuters

Cerca de 7000 quilómetros separam a Ucrânia de Washington. Foi a distância percorrida pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para uma viagem que reforçou laços com os Estados Unidos. Moscovo pode retaliar

23 dezembro 2022 11:08

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Ricardo Lourenço

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

O inglês não lhe sai linear, o discurso foi todo um esforço, era decerto uma das estaturas mais baixas da sala e não apareceu com um bonito fato de cerimónia. Volodymyr Zelensky falou no Congresso dos Estados Unidos exatamente como quer que o vejam: um chefe de guerra, rouco, cansado mas preparado para regressar ao campo de batalha mal terminem os deveres oficiais.

É só mais um dia numa guerra que conta mais de 300 e o Presidente da Ucrânia veio pedir o que só os Estados Unidos lhe podem dar: armas que garantam um avanço real no caminho para vencer a Rússia e o seu Presidente, Vladimir Putin. Às primeiras horas da madrugada de quarta-feira, um Boeing C-40 B da Força Aérea Americana descolava de um aeroporto polaco, rente à fronteira com a Ucrânia, com Zelenskly a bordo. Dez horas depois, percorridos cerca de 7000 quilómetros, aterrou na Base Andrews, em Washington. Durante a travessia do Atlântico, o Presidente ucraniano foi informado de que o Pentágono aprovara o envio do sistema de defesa antimíssil Patriot para o seu país.