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Jovens retidos no Peru esperam regressar em breve a Portugal: “Estivemos parados mais de 50 horas no meio do deserto”

Manifestantes que apoiam Pedro Castillo têm bloqueado algumas estradas e até aeroportos no Peru
Manifestantes que apoiam Pedro Castillo têm bloqueado algumas estradas e até aeroportos no Peru
STRINGER/Reuters

Um grupo de sete médicos recém-formados decidiram celebrar o fim do curso com uma viagem na América do Sul, mas foram apanhados pelas manifestações contra o afastamento do Presidente do Peru, Pedro Castillo. Não têm sido dias fáceis e o bloqueio das estradas manteve o grupo preso mais de dois dias dentro de um autocarro. Há cerca de 40 portugueses à espera de regressar a casa e o MNE garante que todos estão em segurança e que a situação está a ser acompanhada. Um dos jovens, Francisco Rodrigues dos Santos, conta a sua experiência

As últimas informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) dizem que há 40 cidadãos portugueses impedidos de sair do Peru, devido aos tumultos políticos que têm assolado o país. Centenas de estradas foram cortadas pelos manifestantes que pedem o regresso do Presidente afastado, Pedro Castillo.

Neste momento, qualquer movimento, seja por terra ou por transporte aéreo, é praticamente impossível, como verificou em primeira mão Francisco Rodrigues dos Santos, um dos sete jovens neste momento alojados num hotel em Arequipa, no sul do Peru, impedidos de regressar a Portugal por não haver voos internos que os possam levar à capital, Lima, e daí para casa. O grupo juntou-se entretanto a mais três jovens portuguesas que também anseiam embarcar o quanto antes num voo que os traga para casa.

“Estivemos parados mais de 50 horas no meio do deserto, na grande Via Pan-americana. Até que, por desespero, com falta de água e comida, tivemos de tomar uma atitude e abandonar o autocarro em busca de qualquer transporte”, conta ao Expresso, através de uma troca de mensagens por WhatsApp. “Uma parte deu para atravessar a pé, com as malas sem deixar nada para trás, apenas com o risco de não ter sítio para dormir e ser retido noutro bloqueio, desta vez sem autocarro para dormir”, conta ainda o jovem de 24 anos.

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