A Moldávia está a preparar um processo judicial contra o grupo energético russo Gazprom, que considera responsável pela atual crise de energia no país, disse esta quarta-feira o ministro das Infraestruturas e Desenvolvimento Regional moldavo, Andrei Spinu.
"A culpa pelo facto de sermos obrigados a comprar gás e eletricidade no mercado [internacional] é da Gazprom, e os nossos advogados já estão a estudar os pormenores de como levar o consórcio russo a tribunal por violar o seu contrato", disse Spinu, de acordo com a Unimedia. Segundo Spinu, "a atual crise energética na Moldávia foi gerada pela Gazprom-Kremlin".
"Se este consórcio cumprisse os seus compromissos contratuais com a Moldávia, a crise energética desapareceria e todos teriam gás e energia", referiu Spinu. Por esta razão, o ministro moldavo disse que iria exigir uma compensação à empresa russa, uma vez que Chisinau foi forçado "a redistribuir dinheiro de outros segmentos, a aceitar créditos".
"A Gazprom é capaz de tudo. No último ano, mostraram-nos que são capazes de tudo. Cortam o gás a toda a Europa. Cortam o gás aos búlgaros, aos italianos, aos alemães. Eles fecharam a torneira à Ucrânia, desligaram a Polónia e a Finlândia", disse Spinu.
A Moldávia tem vindo a sofrer cortes no fornecimento de gás russo e escassez de eletricidade nos últimos meses meses, causando grandes problemas ao país, sendo que teve de pedir ajuda à União Europeia (UE) e comprar volumes adicionais a países terceiros. Em outubro, a Gazprom reduziu o fornecimento de gás à Moldávia em 30% e em novembro em 50%. Em dezembro será 56,5 % menos do que foi acordado.
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