O último relatório semestral do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) registou que há 103 milhões de pessoas deslocadas à força das suas casas, um aumento de 13,6 milhões relativo a 2021. Portugal com ACNUR é uma estrutura nacional de angariação de fundos recentemente lançada que se estreia nesta época com a campanha global “Vidas ao Contrário”
A Portugal com ACNUR, parceira nacional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR/ACNUR), nasceu em 2021 e tem como objetivo sensibilizar e angariar fundos para apoiar os programas de ajuda humanitária UNHCR/ACNUR nas áreas da nutrição, cuidados médicos, água potável e saneamento, educação, abrigo e infraestruturas básicas, assistência jurídica e proteção internacional, entre outras.
A diretora nacional da Portugal com ACNUR, Joana Brandão, falou ao Expresso sobre as causas desta iniciativa, um de 11 parceiros nacionais, como Estados Unidos no ACNUR ou Reino Unido no ACNUR.
Como se cativa para a angariação de fundos quando há um aumento tão grande de refugiados no mundo? E como contribui Portugal?
A angariação de fundos é uma área sempre muito difícil. Há muita gente a pedir apoio e dinheiro, mas, de acordo com a minha experiência, estas fases mais críticas de emergências humanitárias, e até de dificuldades para as pessoas em geral, acabam por ser uma oportunidade, porque as pessoas estão mais sensíveis. É um equilíbrio, as pessoas estão, por um lado, com mais dificuldades com os aumentos dos preços e preocupações, por outro, mais sensíveis, toca-lhes mais assuntos que a sensibilizam, a vontade de doar acaba por ser maior.
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