Exclusivo

Internacional

“A Ucrânia vencerá a guerra a qualquer custo”, promete vice-primeira-ministra

“A Ucrânia vencerá a guerra a qualquer custo”, promete vice-primeira-ministra
Tomás Guerreiro

Vice-primeira-ministra da Ucrânia com a pasta da integração europeia, Olha Stefanishyna insiste na importância de o Ocidente manter o apoio ao seu país. Em entrevista ao Expresso, a governante critica a Rússia e agradece o apoio dado por Portugal

Tomás Guerreiro

Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra da Ucrânia, recorre a eufemismos como assistência internacional, evitando os jargões de dívida pública que desvendam o empenho do seu Governoem obter financiamento internacional para suportar os impactos transversais do esforço de guerra na sociedade.

A advogada — nomeada vice-primeira-ministra para a integração europeia e euroatlântica em junho de 2020, enquanto militante do partido Servo do Povo, de Volodymyr Zelensky — assumiu a negociação dos melhores interesses ucranianos no mundo ocidental. Em entrevista ao Expresso, cobre assuntos como a morosidade do processo de integração europeia, o papel desempenhado por Portugal, os argumentos russos para a invasão e o jogo de engano encetado pela NATO, a fragilidade do apoio demonstrado pelas sociedades ocidentais e a perspetiva do Governo ucraniano para o futuro do conflito.

Em setembro de 2022, o Governo da Ucrânia, a Comissão Europeia, o Banco Mundial e os parceiros internacionais estimaram a reconstrução e recuperação da Ucrânia em 349 mil milhões de euros. O valor deve oscilar ao sabor da guerra. Como serão aplicados os recursos financeiros?
Não há acordo sobre o fundo de apoio cedido pela União Europeia (UE). Os 349 mil milhões foram estimados no verão. As atrocidades e danos acumulam-se, 35% da rede elétrica e das infraestruturas energéticas foram destruídas em oito vagas de ataques aéreos. Os apoios são vitais à sobrevivência, garantindo a funcionalidade dos hospitais e do sistema social. Dialogamos desde maio com os parceiros internacionais para arrecadarmos estrutura financeira que colmate a escassez de liquidez em 3000 milhões de euros mensais. Acordos de financiamento com os Estados Unidos, além dos instrumentos macrofinanceiros da UE. Sem apoio monetário externo não sobrevivemos à guerra nem ao inverno. Os 349 mil milhões indexados à reconstrução da Ucrânia devem associar-se às reformas para completar o processo de integração europeia. Alguns destes recursos devem ser confiscados à Rússia como reparação pelos danos causados.

Artigo Exclusivo para assinantes

Assine já por apenas 1,63€ por semana.

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas