
A primeira Cimeira Sino-Árabe, marcada para esta sexta-feira, consagra a influência da China numa região de onde Washington recuou. Xi Jinping volta a viajar após os anos em que a pandemia o manteve em Pequim
A primeira Cimeira Sino-Árabe, marcada para esta sexta-feira, consagra a influência da China numa região de onde Washington recuou. Xi Jinping volta a viajar após os anos em que a pandemia o manteve em Pequim
António Caeiro
Como outras infraestruturas do novo Médio Oriente, o metropolitano de Meca, a cidade mais sagrada do islão, é made in China. Trata-se de uma obra da China Railway Construction Corporation Limited (CRCC), uma das maiores empresas de engenharia do mundo, presente também na Argélia, Egito, Líbia e Catar. É mais do que simbólico.
Os números são faraónicos. Pelas contas do American Enterprise Institut, só na Arabia Saudita, o investimento chinês soma cerca de 43.500 milhões de dólares (€41 mil milhões, quatro vezes mais do que as empresas chinesas investiram em Portugal) e, nos Emirados Árabes Unidos, 36.100 milhões (€34.300 milhões). Segundo estatísticas chinesas, nos primeiros nove meses deste ano, o comércio entre a China e os países árabes atingiu 319 mil milhões de dólares (€303 mil milhões), um aumento de 35,2% em relação a igual período de 2021. A China já é o maior parceiro comercial da Arábia Saudita, que se tornou, entretanto, o seu primeiro fornecedor de petróleo, à frente da Rússia e do Iraque.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes