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Reportagem: Amã é refúgio precário para vidas que a guerra destrói

Mohammed Salem mostra ao Expresso, em sua casa, uma de várias cicatrizes resultantes da tortura que sofreu no Iémen
Mohammed Salem mostra ao Expresso, em sua casa, uma de várias cicatrizes resultantes da tortura que sofreu no Iémen

A Jordânia tem sido elogiada por receber milhares de pessoas de países destroçados por conflitos armados. Em 2019, proibiu as Nações Unidas de registarem mais refugiados não-sírios, o que deixa todas as outras minorias, iemenitas, iraquianos, somalis, sem proteção. Em Amã encontrámos Mohammed Salem. Tem nove filhos, mas só oito estão com ele. Um foi deportado de regresso à guerra, no Iémen. Quis trabalhar e foi apanhado porque também isso lhes é negado por lei

Reportagem: Amã é refúgio precário para vidas que a guerra destrói

Ana França

Em Amã

Os pedidos de proteção internacional apresentados ao Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) por iemenitas são mais na Jordânia do que em qualquer outro país. As hipóteses de serem aceites são escassas. Para os que chegaram antes de 2019, o processo é demorado; para quem fugiu depois, já nem é hipótese: o Governo jordano mudou a lei para proibir o registo de novos candidatos a asilo não-sírios. Sem essa proteção, qualquer um pode ser deportado. O ACNUR diz que estão na Jordânia 13.843 iemenitas, mas o Governo admite que o número real seja perto do dobro.

A sala da família Salem é espaçosa e soalheira. Emoldura quase toda a divisão um sofá composto por peças de dois ou três lugares, encostadas, forradas de cores diferentes. É preciso espaço para acomodar Mohammed, 47 anos, a mulher e oito filhos, que já foram nove.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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