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Sánchez cria tempestade política em Espanha ao alterar lei à medida dos independentistas catalães

O presidente do governo regional catalão, Pere Aragonès, tem tido relação cordial com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez
O presidente do governo regional catalão, Pere Aragonès, tem tido relação cordial com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez
Alberto Ortega/Europa Press/Getty Images

Reforma do delito de sedição vai reduzir penas aos políticos processados pela intentona de secessão de 2017. Líder da oposição conservadora assegura que revogará medida se chegar ao poder

Espanha vive uma autêntica tormenta política desde que o Governo de Pedro Sánchez decidiu rever a fundo o enquadramento legal do delito de sedição no Código Penal. Foi esta legislação que o Tribunal Supremo aplicou para condenar a severas penas de cadeia e inabilitação política as figuras implicadas na tentativa de secessão catalã de outubro de 2017, o mais sério esforço dos sectores separatistas da região para proclamar uma República independente.

O conflito de identidade da Catalunha e a aspiração de parte da sua população a separar-se de Espanha é o principal obstáculo à convivência pacífica no país. O Governo espanhol — coligação entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e a frente Unidas Podemos (UP, esquerda populista) — olha para a reforma como passo politico necessário de uma série calculada para normalizar a vida na região, que, considera Sánchez, começa a dar frutos.

O processo de “pacificação” começou, em 2021, na visão do Executivo espanhol, com a concessão de indultos aos políticos catalães condenados. A medida elimina o argumento separatista da vitimização, rouba trunfos a quem prefere a rutura unilateral e permite acalmar a Catalunha, indicam ao Expresso fontes do Executivo.

Apoio à independência unilateral caiu

O primeiro-ministro tem afirmado em intervenções públicas recentes que a Catalunha “está hoje muito melhor do que em 2017”. A última sondagem do Centro de Estudos de Opinião (CEO), organismo dependente do governo regional catalão, aponta que só 11% dos catalães apoiam uma declaração unilateral de independência. Os que sonham com um referendo de autodeterminação caíram para 42%, com tendência para baixar.

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