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Investigação: as mãos sujas do ministro e do procurador-geral da Guiné-Bissau

O ministro Botche Candé e o procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Bacari Biai, são suspeitos de envolvimento em operações de narcotráfico
O ministro Botche Candé e o procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Bacari Biai, são suspeitos de envolvimento em operações de narcotráfico
D.R.

Tráfico de cocaína na Guiné-Bissau implica ministro das polícias, Botche Candé, e chefe do Ministério Público, Bacari Biai. Detenção falhada do procurador-geral obrigou o diretor da PJ a manter-se ausente do país durante alguns dias

Investigação: as mãos sujas do ministro e do procurador-geral da Guiné-Bissau

Micael Pereira

Grande repórter

Era suposto ser apenas mais uma descarga de cocaína na Guiné-Bissau. Sem incidentes. Havia um arranjo com um grupo de militares, que ficaram de dar cobertura ao transporte. A droga foi desembarcada a 4 de setembro em Quinhamel, na costa que dá para as ilhas Bijagós, a menos de 30 quilómetros de Bissau, e estava a ser levada de carro para leste do país. Mas a proteção falhou. Na estrada do Aeroporto Osvaldo Viei­ra, quando atravessavam a cidade, os traficantes foram surpreendidos pela Guarda Nacional.

Nesse dia, o comandante-adjunto do Departamento de Informação Policial e de Investigação Criminal do Ministério do Interior anunciava em público a apreensão de 86 quilos de cocaína. Ninguém foi preso, mas era, ainda assim, um caso de sucesso para as autoridades.

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