Exclusivo

Internacional

“A guerra expôs a maior fraqueza da globalização, que se baseava no que é barato: capital dos EUA, trabalho da Ásia e energia russa”

Hamburgo, Alemanha
Hamburgo, Alemanha
Gregor Fischer

O populismo pode ser a força que fará cair por terra, de uma vez por todas, os mitos da prosperidade causada pela globalização. A autora norte-americana Rana Foroohar, do “Financial Times”, antecipa tempos turbulentos durante a transição para economias mais autocentradas. Nesta entrevista com o Expresso, a analista da área de economia sublinha, no entanto, que muitas oportunidades se apresentam no horizonte

Meses antes de Donald Trump se candidatar à Casa Branca, em 2016, já o Fórum Económico Mundial dava como morta e enterrada a globalização que vigorava há três décadas. Os anos que se seguiram, com a pandemia de covid-19 e a guerra da Ucrânia a causarem forte disrupção nas cadeias de distribuição, confirmaram-no. Nos Estados Unidos da América, a globalização ceifou milhões de trabalhos, bem como a classe média do país, mas a China ganhou com a abordagem de dispersão da economia e de alargamento das redes de distribuição. Em alguns anos, a potência transformou-se numa grande máquina nos bastidores do sucesso de grandes empresas multinacionais. É o que defende Rana Foroohar, autora norte-americana, editora do “Financial Times” e analista de economia da CNN, na sua mais recente obra “Homecoming: The Path to Prosperity in a Post Global World” [Regresso a casa: o caminho para a prosperidade num mundo pós-global]. Nesta entrevista com o Expresso, a analista explica que pode haver um lado positivo no populismo, se o movimento político servir para varrer definitivamente os destroços deixados pela globalização.

Rana Foroohar acredita que as economias dos Estados devem ser autossuficientes em várias áreas. “É um futuro para o qual a China está claramente a preparar-se”, alerta a autora que não tem dúvidas: “Continuarmos a ter uma mão cheia de empresas e três países - EUA, Alemanha e China - a dominarem a economia mundial é injusto e insustentável”.

Artigo Exclusivo para assinantes

Assine já por apenas 1,63€ por semana.

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas