Meses antes de Donald Trump se candidatar à Casa Branca, em 2016, já o Fórum Económico Mundial dava como morta e enterrada a globalização que vigorava há três décadas. Os anos que se seguiram, com a pandemia de covid-19 e a guerra da Ucrânia a causarem forte disrupção nas cadeias de distribuição, confirmaram-no. Nos Estados Unidos da América, a globalização ceifou milhões de trabalhos, bem como a classe média do país, mas a China ganhou com a abordagem de dispersão da economia e de alargamento das redes de distribuição. Em alguns anos, a potência transformou-se numa grande máquina nos bastidores do sucesso de grandes empresas multinacionais. É o que defende Rana Foroohar, autora norte-americana, editora do “Financial Times” e analista de economia da CNN, na sua mais recente obra “Homecoming: The Path to Prosperity in a Post Global World” [Regresso a casa: o caminho para a prosperidade num mundo pós-global]. Nesta entrevista com o Expresso, a analista explica que pode haver um lado positivo no populismo, se o movimento político servir para varrer definitivamente os destroços deixados pela globalização.
Rana Foroohar acredita que as economias dos Estados devem ser autossuficientes em várias áreas. “É um futuro para o qual a China está claramente a preparar-se”, alerta a autora que não tem dúvidas: “Continuarmos a ter uma mão cheia de empresas e três países - EUA, Alemanha e China - a dominarem a economia mundial é injusto e insustentável”.
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