François Bougon, autor do recém-lançado “Na cabeça de Xi”, falou com o Expresso a respeito do XX Congresso do Partido Comunista da China, que começa no próximo domingo. Desvalorizando a aparente proximidade com a Rússia, destaca a opacidade do regime de Pequim
António Caeiro
Antigo correspondente da agência noticiosa France Presse em Pequim, o sinólogo François Bougon é autor do ensaio “Na Cabeça de Xi Jinping”, cuja edição portuguesa foi publicada recentemente pela editora Zigurate. Em conversa com o Expresso, Bougon é categórico: “O regime chinês é tão opaco como o Vaticano”.
Entrevistado a propósito do XX Congresso do Partido Comunista da China, que começa no domingo, 16 de outubro, Bougon realça que “ninguém tem acesso aos dirigentes do partido e nunca se sabe o que se passa nos bastidores”. Nesse aspeto, a China está até mais fechada: “Havia outrora alguns jornalistas de Hong Kong que tinham um pouco mais de conhecimento. Hoje, não há”.
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