Internacional

Farah Diba, viúva do último xá do Irão, pede “ajuda” ao Ocidente pelos que protestam contra "horrores" do atual regime

Em 1971, em Persépolis, o Xá Reza Pahlavi e a imperatriz Farah Diba foram os anfitriões das celebrações dos 2500 anos da fundação do Império Persa, possivelmente o evento mais extravagante da História
Em 1971, em Persépolis, o Xá Reza Pahlavi e a imperatriz Farah Diba foram os anfitriões das celebrações dos 2500 anos da fundação do Império Persa, possivelmente o evento mais extravagante da História
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Morte de Mahsa Amini, jovem detida por usar o véu islâmico incorretamente, “partiu o coração” a Farah Diba, que expressa o desejo do atual regime ser derrubado

A viúva do último xá do Irão pediu ao Ocidente que “ajude” aqueles que protestam contra o Governo iraniano, depois de uma jovem ter morrido sob custódia policial, após ter sido detida por usar o véu islâmico incorretamente.

“O Ocidente pode ajudar ao contar todos os horrores que estão a acontecer no Irão sob este regime”, disse Farah Pahlavi (cujo nome de nascimento é Farah Diba), que foi casada com Mohammad Reza Pahlavi, à rede de televisão israelita i24News.

Expressando o seu desejo de que “o regime seja derrubado”, a mulher do último xá iraniano – que governou de 1941 a 1979 – garantiu que há “risco de desestabilização”, pois até agora “nunca houve um movimento semelhante” nos últimos 10 anos. “Todos precisam de ajuda para encontrar a liberdade”, realçou.

A viúva de Mohammad Reza Pahlavi disse que as mulheres iranianas lutam pelas suas liberdades e pelo seu lugar na sociedade há décadas e explicou que está “orgulhosa” dessas compatriotas, “suas irmãs”, que “apesar da opressão”, tiveram a coragem de enfrentar o regime.

“É a primeira vez que vemos um movimento tão grande no Irão e em todas as suas cidades”, comemorou a partir da sua residência em Paris, onde está exilada depois do antigo xá ter morrido em 27 de julho de 1980, no Cairo, para onde fugiu, um mais tarde após ser derrubado na Revolução Iraniana.

Farah Pahlavi ainda consolou a família de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu em 16 de setembro sob custódia policial, bem como para os familiares das dezenas de mortos registados nos protestos.

“A morte de Mahsa partiu o meu coração. Envio as minhas condolências aos pais dela e também a todos os que morreram nas últimas semanas”, disse. A morte de Mahsa Amini desencadeou uma vaga de protestos no Irão, que têm degenerado em incidentes e confrontos com as forças policiais.

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