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Governo chinês levou jornalistas portugueses a Xinjiang: ninguém viu nada de mal e até participaram em vídeos de propaganda

Patrulha da guarda fronteiriça chinesa a jurar lealdade à bandeira do Partido Comunista, em Xinjiang
Patrulha da guarda fronteiriça chinesa a jurar lealdade à bandeira do Partido Comunista, em Xinjiang
Future Publishing/Getty Images

O regime chinês levou jornalistas de Macau à região de Xinjiang, dias depois da publicação do relatório da ONU que levanta suspeitas de crimes contra a Humanidade. A maioria dos convidados recusou-se a falar ao Expresso sobre a viagem. Quase nenhum escreveu sobre a viagem nos seus órgãos de comunicação, mas participaram em vídeos de propaganda do regime comunista. Ali, os jornalistas só têm elogios para o que se passa em Xinjiang. Presidente da Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) desvaloriza o caso

Catarina Brites Soares

Xinjiang é assunto sensível. No final de agosto um relatório das Nações Unidas referia possíveis crimes contra a Humanidade naquela região autónoma chinesa, confirmando alertas de organizações de defesa dos direitos humanos, mormente sobre a repressão da minoria muçulmana uigur. A ONU pede à comunidade internacional para agir — e com urgência — face a acusações de tortura e violência sexual. Pequim fala de farsa” engendrada pelo Ocidente.

Não é fácil pisar o solo de Xinjiang. Pouco depois da divulgação do relatório, o regime autoritário chinês convidou para uma visita à região um grupo de jornalistas de Macau que trabalham para meios de comunicação em língua portuguesa e inglesa. Quase nenhum publicou reportagens sobre a viagem, mas vários participaram em vídeos do Governo chinês a elogiar o desenvolvimento de Xinjiang. Sobre os uigures, nem uma palavra.

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