Naufrágio de 'Joola', um dos maiores desastres marítimos, assinalado na fronteira da Guiné-Bissau

Homenagem às cerca de duas mil pessoas que morreram no naufrágio hé vinte anos é prestada em Casamansa
Homenagem às cerca de duas mil pessoas que morreram no naufrágio hé vinte anos é prestada em Casamansa
A região de Casamansa, na fronteira da Guiné-Bissau, juntou-se esta segunda-feira para prestar homenagem às cerca de duas mil pessoas que morreram há 20 anos no naufrágio da embarcação “Joola”, num dos piores desastres marítimos da história.
Cerca de 100 familiares e responsáveis locais participaram em duas pequenas cerimónias, uma de origem católica e outra muçulmana, que decorreram logo de manhã no cemitério de Kantene, nos arredores de Ziguinchor, a capital de Casamansa, no sul do Senegal, que faz fronteira com o norte da Guiné-Bissau.
"É muito importante para nós estarmos aqui, para prestarmos homenagem à nossa mãe e sobrinho que perdemos", disse Ndeye Astou Diba, de 38 anos, citada pela agência France-Presse, depois de visitar uma das sepulturas.
Em 26 de setembro de 2002, o ‘ferry’ “Joola” partiu de Ziguinchor, a capital de Casamansa, para Dacar, mas afundou-se durante a viagem, levando consigo mais de dois mil passageiros (apesar de lotação oficial ser de 536), dos quais 1.900 eram senegaleses, e 12 de outras nacionalidades.
Com o memorial que está a ser construído como pano de fundo, as pessoas juntaram-se para prestar homenagem às vítimas.
Em Ziguinchor, o barco fazia parte do cenário, era o elo de ligação da capital, Dacar, a Casamansa, uma região do Senegal que tem a Gâmbia a norte e a Guiné-Bissau a sul, sendo a forma de transporte mais segura e mais barata, e muito utilizada pelos locais.
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