A Argélia pediu esta segunda-feira na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o “fim da ocupação” marroquina do Saara Ocidental e exigiu às partes que apoiem o diálogo para alcançar uma solução “mutuamente aceitável”.
“A Argélia reafirma o seu apoio aos direitos do povo fraterno do Saara Ocidental para que se ponha fim à ocupação do território, para que possam exercer o direito inalienável à autodeterminação”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, Ramtane Lamamra.
O chefe da diplomacia argelina, cujo país tem apoiado o movimento de libertação Frente Polisário, pediu às partes envolvidas – Marrocos e República Árabe Sarauí Democrática (RASD) – para redobrarem os esforços de diálogo em conjunto com o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Saara Ocidental, Staffan de Mistura, para que se encontre uma solução “mutuamente aceitável”.
Rabat, que controla cerca de 80% de um território quase deserto de 266.000 quilómetros quadrados, propõe um plano de autonomia sob a sua soberania. A Polisário, por seu lado, exige o referendo e defende ser altura de o Conselho de Segurança da ONU fazer pressão sobre Marrocos para que este aceite a votação.
Apoiante da causa palestiniana, o ministro dos Negócios Estrangeiros argelino defendeu também a entrada da Palestina nas Nações Unidas – tem atualmente o estatuto de observadora - e disse esperar que “em breve” se torne o 194.º Estado membro.
Lamamra pediu o fim da ocupação dos montes Golã sírios e expressou o apoio de Argel à Autoridade Palestiniana no direito de estabelecer um “Estado independente”, de acordo com as resoluções das Nações Unidas, e com Jerusalém como capital.
“Abordar a questão palestiniana é a chave para garantir a estabilidade no Médio Oriente”, disse Lamamra na Assembleia Geral da ONU.
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