Bolsonaro disse que em outubro vencerá mais uma etapa do bem contra o mal. Os apoiantes exaltaram a sua potência sexual e houve momentos de puro constrangimento ao longo do dia, que deveria ter sido em primeiro lugar de comemoração do bicentenário
Os dois candidatos favoritos na corrida presidencial de outubro comemoraram o bicentenário da Independência de forma antagónica: silenciosa e estridente. Lula da Silva tirou o dia para descansar, depois de mandar uma mensagem no horário de propaganda política sobre a importância da data. Não teve nenhuma aparição pública. Bolsonaro, que vinha convocando a população para ocupar as ruas desde julho, sequestrou a importância histórica do bicentenário e a transformou num palanque eleitoral.
A apoteose foi no Rio de Janeiro onde participou de uma motociata, forma de manifestação que adotou inspirado no modelo fascista usado pelo italiano Benito Mussolini. Em seguida exaltou manifestantes na orla de Copacabana. O Rio é o feudo político da família Bolsonaro, onde ele e os três filhos (Eduardo, Carlos e Flávio) fizeram carreira sempre defendendo torturadores, milícias, mordomias para militares e o porte de armas indiscriminado.
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