Liz Truss e Rishi Sunak enfrentaram 14 horas de “interrogatório” e responderam a 600 perguntas colocadas por milhares de membros do Partido Conservador durante o mês que durou a campanha para novo líder dos conservadores. Foram dezenas de encontros presenciais, em escolas, estádios, centros comunitários, pavilhões multiusos; outros online, entrevistas na televisão com assistências constituídas por membros do partido.
Não faltaram oportunidades para que toda a gente ficasse a saber o que pensavam ambos os candidatos sobre os temas que mais desassossegam os britânicos. Como na maioria das economias fortes, a fiscalidade reinou (quase) solitária no topo da agenda. E os analistas apontam este dossiê como aquele que garantiu a vitória a Truss, forte apoiante de uma redução de impostos.
“Durante esta campanha de liderança, fiz campanha como conservadora e irei governar como conservadora”, disse Truss no discurso de vitória. Mas o que é exatamente governar como conservadora nesta área? Em que consiste a doutrina “Trussonomics”? Cortar impostos? Sim. Mas e o endividamento das próximas gerações? As contas certas? Será preciso abandonar uma parte do conservadorismo para abraçar a outra. O líder dos trabalhistas, Keir Starmer, que Truss terá de derrotar numas eleições gerais daqui a dois anos, deixou a pergunta: “Truss só fala de reduzir impostos mas como é que é que vai pagar essa medida?”.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes