O primeiro-ministro demissionário britânico, Boris Johnson, manifestou esta terça-feira admiração pela “coragem e integridade” de Mikhail Gorbachev, por este ter levado a Guerra Fria “a uma conclusão pacífica”.
“Numa época de agressão de Putin na Ucrânia, o seu incansável compromisso com a abertura da sociedade soviética continua a ser um exemplo para todos nós”, salientou Johnson numa mensagem publicada no Twitter. “Estou triste por saber da morte de Gorbachev”, lê-se ainda.
O ex-líder da União Soviética Mikhail Gorbachev morreu hoje aos 91 anos, adiantaram as agências de notícias russas Tass, RIA Novosti e Interfax, que citaram o Hospital Clínico Central.
O gabinete de Gorbachev havia dito que o ex-chefe de Estado estava em tratamento no hospital, mas, até ao momento, não foram dados mais pormenores.
Como último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev travou uma batalha perdida para salvar um império fragilizado, mas produziu reformas extraordinárias que levaram ao fim da Guerra Fria.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, desencadeou uma série de mudanças que resultaram no colapso do Estado soviético autoritário, na libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e no fim de décadas de confronto nuclear Leste-Oeste.
A Tass informou que o ex-chefe de Estado vai ser enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado da sua mulher.
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