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O Expresso na campanha de Lula da Silva: "Gostaria de ser amado por todos, mas até em casa, na mesa de jantar, você é rejeitado"

O Expresso na campanha de Lula da Silva: "Gostaria de ser amado por todos, mas até em casa, na mesa de jantar, você é rejeitado"
CARLA CARNIEL

Em pré-campanha para as presidenciais de outubro, Lula da Silva falou à imprensa estrangeira em São Paulo. Sem mencionar Bolsonaro por uma vez, defendeu que o Brasil está hoje isolado no plano internacional - "não conversa com ninguém e ninguém quer conversar com ele" -, que é necessária uma renovação da ONU para que a organização tenha força "para intermediar conflitos" e que acabar com a fome é a prioridade. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e vocês todos têm visto a quantidade de pessoas que dormem nas ruas", frisou. Em resposta ao Expresso, desvalorizou ainda a sua atual taxa de rejeição - de 37%, de acordo com a última sondagem do Instituto Datafolha - e chegou a passar uma mensagem romântica: "O meu lema nesta campanha será fazer o ódio perder para o amor”

Fazer com que o Brasil retome o protagonismo internacional, lutar para a renovação das Nações Unidas, mediar a paz na Ucrânia e tornar realidade o acordo UE-Mercosul foram desejos expressos pelo ex-Presidente Lula da Silva, caso seja eleito nas presidenciais deste ano. Em sua primeira entrevista coletiva à imprensa estrangeira, no Hotel Intercontinental de São Paulo, falou durante uma hora e meia. Duas horas antes do início todas as emissoras de televisão brasileiras já estavam posicionadas para gravar imagens, apesar de não terem direito a perguntas.

Lula vestia terno cinza, camisa branca e gravata. Em nenhum momento citou o nome de Bolsonaro. Começou por dizer que o Brasil vive uma situação anómala nestas eleições com o uso diário de fake news que visam conturbar o processo democrático e criar confusão nas instituições, que o atual Presidente faz questão de não respeitar. “A partir de 2023 vamos recuperar as relações internacionais. Hoje o Brasil não conversa com ninguém e ninguém quer conversar com ele. Vamos conversar com todos os governos sejam de direita ou esquerda. Nós vamos discutir a questão do clima pelo que representamos do ponto de vista de reservas florestais e biodiversidade. O Brasil tem um potencial enorme para voltar a ser protagonista e ajudar a construir uma nova governança mundial. É preciso que haja uma renovação com mais países no Conselho de Segurança da ONU”.

É com esse ímpeto, disse, que o Partido dos Trabalhadores (PT) se prepara para as eleições: “Para fazer algo novo. Algo que começa com a questão da desigualdade no planeta Terra. A questão da Amazônia será tratada com muito carinho e temos que envolver todos os países amazónicos para que haja uma atitude coletiva. Mais do que uma lei, isso precisa ser uma profissão de fé”.

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