Taiwan acusa China de usar exercícios militares para preparar invasão

As forças armadas de Taiwan efetuaram esta terça-feira um exercício de artilharia com uso de fogo real a simular a defesa da ilha contra um ataque da China
As forças armadas de Taiwan efetuaram esta terça-feira um exercício de artilharia com uso de fogo real a simular a defesa da ilha contra um ataque da China
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan acusou esta terça-feira a China de ter usado os exercícios militares para preparar a invasão da ilha. Pequim "utilizou os exercícios militares para se preparar para a invasão de Taiwan", disse Joseph Wu numa conferência de imprensa em Taipé, após manobras das forças armadas da ilha que decorreram nas últimas horas.
"A verdadeira intenção da China é alterar o 'status quo' no Estreito de Taiwan e em toda a região", sublinhou. "Está a conduzir exercícios militares e lançamentos de mísseis em grande escala, bem como ciberataques, uma campanha de desinformação e coerção económica para enfraquecer o moral da população de Taiwan", acrescentou.
As forças armadas de Taiwan efetuaram esta terça-feira um exercício de artilharia com uso de fogo real a simular a defesa da ilha contra um ataque da China, estando previsto um outro para quinta-feira.
A China lançou na semana passada as suas maiores manobras militares em torno de Taiwan, em resposta a uma visita da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a mais importante figura política norte-americana a visitar a ilha em 25 anos.
A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que deve ser reunificada ao resto do território, desde o fim da guerra civil chinesa de 1949, quando os nacionalistas perderam o conflito para os comunistas e refugiaram-se na ilha.
O exército de Taiwan disse na segunda-feira que os exercícios já estavam programados e não constituíam uma resposta aos exercícios chineses em curso.
A ilha realiza regularmente exercícios militares a simular uma invasão chinesa e no mês passado efetuou manobras do mar, num cenário em que procurava repelir ataques numa "operação de interceção conjunta", como parte dos seus grandes exercícios anuais.
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