Foi como uma marretada bem forte que o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) recebeu a decisão do Tribunal Supremo (TS) de ratificar a maioria das sentenças condenatórias impostas pela Audiência Provincial de Sevilha contra altos dirigentes do partido na Andaluzia, envolvidos na fraude da concessão de ajudas a empresas em crise, conhecido genericamente como “caso ERE” (iniciais de Expedientes de Regulação de Emprego, nome dado em Espanha a processos de reestruturação e despedimentos coletivos).
Entre os condenados figuram Manuel Chaves, de 77 anos, e José Antonio Griñán, de 76. Foram presidentes do governo autonómico andaluz em mandatos sucessivos (Chaves entre 1990 e 2009, Griñán desse ano até 2013). Griñán, condenado em primeira instância a seis anos de prisão por prevaricação e desvio de fundos públicos, terá de ingressar na cadeia. Chaves, acusado apenas de prevaricação, fica inabilitado durante nove anos para exercer qualquer cargo público. Um e outro demitira-se ao ser juridicamente oficializada a sua implicação no caso. Outros 19 dirigentes, incluindo quatro antigos membros do governo regional, viram ratificadas as suas sentenças e também terão de cumprir pena de prisão.
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