Internacional

Calor extremo, incêndios violentos, milhares de pessoas retiradas: Europa ocidental e norte de África em combate com as chamas

Portugal não está sozinho no combate aos incêndios florestais que têm deflagrado nos últimos dias, enquanto a Europa ocidental e o norte de África são assolados por uma onda de calor extremo

A Europa atravessa uma intensa vaga de incêndios florestais que têm mobilizado milhares de operacionais e de meios, numa altura em que uma onda de calor provoca temperaturas anormalmente altas, sobretudo na parte ocidental do continente e também no norte de África.

Em Espanha, os incêndios já destruíram quase 70 mil hectares, segundo o balanço mais recente das autoridades locais. O país tem registado temperaturas significativamente elevadas, chegando aos 44 graus Celsius em algumas regiões. Graças ao tempo quente e seco, a agência de meteorologia espanhola emitiu vários alertas no país. Os fogos têm deflagrado tanto no sul — só em Málaga 3000 pessoas tiveram de ser retiradas —, como no norte de Espanha.

Também em França só este domingo 37 departamentos foram colocados sob aviso laranja, devido à onda de calor. Uma das zonas mais afetadas tem sido Gironde, no sudoeste do país, onde os bombeiros combateram dois fogos grandes, esta semana, que destruíram mais de 19 mil hectares de terreno. Entre habitantes locais e turistas, mais de 30 mil pessoas tiveram de ser retiradas, em França, tendo sido criados pelo menos sete abrigos de emergência.

Na Grécia, os bombeiros combateram um fogo numa zona rural que surgiu na sexta-feira de manhã e que obrigou à evacuação de sete aldeias em Rethymno, na ilha de Creta. Em Itália, onde incêndios de menor dimensão arderam nos últimos dias, os meteorologistas esperam temperaturas superiores a 40ºC em várias regiões esta semana.

O calor sufocante também se faz sentir no norte de África. Em Marrocos, pelo menos uma pessoa morreu num fogo florestal que eclodiu no norte do país e que forçou a retirada de mais de 1000 famílias. Metade dos cerca de 4660 hectares afetados ficaram queimados. Os incêndios surgiram em várias províncias marroquinas, impulsionados por ventos fortes.

A onda de calor extremo, além dos devastadores fogos florestais, tem causado a morte de centenas de pessoas. Os cientistas atribuem o tempo extremamente quente e seco às alterações climáticas, e avisam que nos próximos anos é de esperar temperaturas ainda mais altas, bem como eventos climáticos mais violentos.

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