Internacional

Chama-se High Mobility Artillery Rocket System, dá pelo nome HIMARS e pode ser o maior pesadelo russo

17 julho 2022 17:46

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

the washington post

Lança-foguetes estarão a dar boa ajuda, mas a contraofensiva ucraniana com vista à recuperação do sul é ainda irrealista

17 julho 2022 17:46

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Esta semana, no podcast “Ukraine: The Latest”, ou “Ucrânia: As Últimas Notícias”, do diário britânico “The Daily Telegraph”, o jornalista Roland Oliphant, em reportagem no país invadido, escolheu um tema interessante: a relativa liberdade de publicação que ainda se pratica na blogosfera russa. Explica que apesar de os principais autores de blogues militares estarem alinhados com a “guerra contra os nazis ucranianos”, não são forçosamente fãs da forma como o Kremlin conduz os combates. A chegada dos lança-foguetes de alta mobilidade e alcance (HIMARS) à Ucrânia está a provocar uma espécie de medo entre as tropas russas.

“Os blogues estão cheios de homens a acompanhar a guerra ao lado das milícias Wagner ou do exército regular, mas dizem o que pensam e confrontam as chefias militares. Escreve-se por lá que a situação é péssima, que os russos estão a ser atacados com os HIMARS sem que as suas defesas antiaéreas consigam fazer nada.” É assim? O major-general Arnaut Moreira não tem dúvidas: a parte tecnológica da guerra está a ser ganha pela Ucrânia, mas isso não é sinónimo de vitória geral. “Por causa do avanço tecnológico na área dos drones, o exército ucraniano pode localizar com facilidade os centros logísticos de armamento e combustíveis dos russos”, diz ao Expresso. “Até há poucas semanas não tinham capacidade para atingi-los, porque os russos haviam posicionado estes alvos fora do alcance da artilharia ucraniana de então. Agora estão dentro do alcance dos HIMARS e estão a ser atingidos.”