O primeiro voo de deportação do Reino Unido que levaria refugiados para o Ruanda pode mesmo vir a acontecer. O pedido de cancelamento junto de uma nova instância judicial, provocado pelos protestos e contestações, não teve o efeito pretendido. Uma nova decisão tomada por um tribunal confirma a sentença anterior, permitindo começar os voos de deportação para o Ruanda a partir de dia 14.
O pedido foi feito, na sexta-feira, dia 10, depois de um conjunto de instituições de caridade como a Detention Action e Care4Calais, e o sindicato que representa 80 por cento do pessoal da Força de Fronteira, se juntarem para orquestrar um apelo judicial. A Asylum Aid, apoiada pela Freedom from Torture, redobrou o apelo com outro pedido entregue no mesmo dia à tarde.
O Ministério do Interior enviou cartas aos refugiados dizendo-lhes que devem ser deportados no dia 14.
A agência de refugiados da ONU (ACNUR), tem várias preocupações sobre a chegada ao Ruanda, incluindo pelo acesso discriminatório ao asilo, falta de representação legal e outros “problemas estruturais profundamente enraizados”. Na segunda-feira, esse organismo afirmou que “o secretário de Estado [britânico] ouviu e considerou seriamente as preocupações levantadas pelo ACNUR e negociou acordos para fornecer garantias em relação a essas preocupações”.
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