Tribunais iraquianos condenaram quatro terroristas ligados ao Estado Islâmico, e também quatro homens que tinham sido acusados de matarem um polícia em janeiro de 2021
Dois tribunais iraquianos condenaram à morte um total de oito pessoas, quatro por um atentado com uma viatura armadilhada e outras quatro por um homicídio, anunciou esta quinta-feira o Conselho supremo da magistratura.
O tribunal penal de Al-Anbar, uma província do oeste do Iraque, "condenou à morte por enforcamento quatro terroristas por terem feito explodir uma viatura armadilhada em Ramadi", uma cidade situada cerca de 120 quilómetros a oeste de Bagdade, indicou o Conselho em comunicado.
Sobre esta sentença, o texto acrescentou que os quatro homens "trabalhavam com os 'gangues' terroristas do Estado Islâmico [EI]", o grupo 'jihadista' que apesar de ter sido vencido militarmente continua a manter células ativas e a efetuar atentados esporádicos no Iraque.
O atentado, cometido em setembro de 2020, provocou ferimentos em "três membros das forças de segurança e em três civis".
Num caso distinto, o tribunal penal de Najaf, a sul de Bagdade, condenou à morte quatro homens acusados de matarem um oficial da polícia em janeiro de 2021.
Segundo o Conselho supremo da magistratura, a vítima "pretendia comprar uma viatura [aos responsáveis pelo crime]. Quando chegou, dispararam sobre ele e roubaram-lhe o dinheiro".
De acordo com a Amnistia Internacional (AI), o Iraque é o quarto país do mundo com mais execuções. A organização não-governamental (ONG) indica ter recenseado mais de 50 execuções no país em 2020, incluindo numerosos detidos acusados de filiação no EI.
Para a justiça iraquiana, o "terrorismo", e ainda os homicídios voluntários, devem ser punidos com pena de morte.
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