Lula vai participar na cerimónia de filiação ao PT do ex-governador e ex-senador do Paraná, Roberto Requião. Primeira volta das eleições presidenciais é daqui a pouco mais de seis meses, a 2 de outubro
O ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, volta esta sexta-feira a Curitiba, no Paraná, pela primeira vez após ter sido libertado. Lula esteve preso nessa cidade durante 580 dias - ou seja, 2 anos e 4 meses - no âmbito da Operação Lava Jato, no qual foi acusado por corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação em segunda instância foi posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O regresso à cidade surge numa altura em que procura apoio político para as eleições presidenciais de 2022, cuja primeira volta está agendada para 2 de outubro. A pré-candidatura deve ser oficializada em abril, com Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, como vice-presidente.
Lula vai participar na cerimónia de filiação ao Partidos dos Trabalhadores (PT) do ex-governador e ex-senador do Paraná, Roberto Requião. Requião vai candidatar-se a um quarto mandato como governador (esteve no cargo durante vários períodos, entre 1991 e 2010) e vai dar visibilidade a Lula e ao PT no Paraná, onde Jair Bolsonaro venceu em 2018, na segunda volta, com 68,4% dos votos (face a 31,6% de Fernando Haddad, então candidato a Presidente pelo PT).
Lula da Silva irá encontrar-se, também em Curitiba, com outros líderes partidários. No sábado vai a Londrina visitar o assentamento (conjunto de unidades agrícolas) Eli Vive, a maior área de reforma agrária numa região metropolitana brasileira, criada pelo próprio em 2009, no seu segundo mandato como Presidente.
O candidato vai ainda encontrar-se com o grupo Vigília Lula Livre, que acompanhou a prisão de Lula e apelava, todos os dias, à sua libertação.
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