Macron faz de pivô entre Putin e Zelensky. Boris, Kamala e Michel falam em guerra iminente, a maior desde 1945
Antes que termine a Conferência da Segurança em Munique, o presidente francês faz um último esforço para impedir a guerra na Ucrânia
Antes que termine a Conferência da Segurança em Munique, o presidente francês faz um último esforço para impedir a guerra na Ucrânia
A conversa entre Emmanuel Macron, presidente francês, e Vladimir Putin, presidente russo, já terminou. Os dois acertaram falar este domingo, pelas 11 horas francesas, com a presidência francesa a dizer que está a fazer uma última tentativa para evitar uma guerra na Ucrânia. A conversa acabou por se prolongar por 1h45 minutos, sem que haja ainda qualquer informação sobre o seu conteúdo.
A presidência francesa anunciou apenas que a conversa se prolongou durante 1h45 minutos e que Macron, depois de terminar o telefonema, foi falar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Para já não há mais informações sobre a conversa telefónica entre os dois líderes, apenas uma imagem de Putin ao telefone.
Путин и Макрон проводят телефонный разговорhttps://t.co/4ogNZWyA6K pic.twitter.com/aibQfvW1C4
— РИА Новости (@rianru) February 20, 2022
Esta reunião por telefone, depois do anterior a 7 de Fevereiro, significa “os últimos esforços possíveis e necessários para evitar um grande conflito na Ucrânia”, fez saber a presidência francesa, segundo o Le Monde.
Entretanto, em Munique, vários líderes internacionais estão reunidos e vários já falaram este domingo, dando como quase certa uma guerra na Ucrânia. “Nós acreditamos que Putin já tomou a sua decisão. Ponto final”, disse a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que permanece em Munique, cidade onde se encontram os líderes da NATO na Conferência de Segurança, que termina este domingo.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falou sobre o desenrolar da tensão Ucrânia-Rússia. Para Michel, é preciso saber se Vladimir Putin está mesmo interessado em dialogar com os Aliados. “Não podemos oferecer eternamente um ramo de oliveira enquanto a Rússia faz testes de mísseis e continua a reunir tropas” na fronteira ucraniana”, disse.
Mais dramático apareceu o primeiro-ministro britânico. Em entrevista à BBC, Boris Johnson disse que as informações que tem dos servios secretos é que a Rússia está a planear “a maior guerra na Europa desde 1945”, um plano que “já começou em alguns sentidos”.
Segundo o primeiro-ministro, as informações dos serviços secretos indicam que a Rússia planeia uma invasão que irá cercar a capital ucraniana, Kiev. “As pessoas têm de entender o enorme custo para a vida humana que isto pode acarretar”, alertou Johnson.
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