Internacional

EUA planeiam retirada total da embaixada em Kiev. Pessoal não essencial já com ordem de saída

12 fevereiro 2022 8:35

Embaixada americana em Kiev Foto: Getty Images

Administração de Joe Biden considera que a invasão russa da Ucrânia poderá estar “iminente”. Mas admite ligar a Putin para o convencer a recuar

12 fevereiro 2022 8:35

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev ordenou a retirada do seu pessoal não essencial, depois de Washington ter alertado para a iminência de uma ofensiva russa contra a Ucrânia.

“O Departamento de Estado ordenou a partida de funcionários norte-americanos não essenciais da embaixada devido aos contínuos relatos de uma acumulação militar russa na fronteira com a Ucrânia, indicando a possibilidade de uma ação militar significativa”, anunciou este sábado a embaixada em Kiev na rede social Twitter.

Na sexta-feira, os Estados Unidos apelaram aos seus cidadãos para deixarem a Ucrânia o mais rapidamente possível, um apelo que foi seguido por outros países, incluindo Reino Unido, Países Baixos, Canadá, Austrália, Japão, Israel, Bélgica e Alemanha

A administração dos Estados Unidos (EUA) já tinha admitidio anunciar este sábado que todo o pessoal norte-americano da embaixada de Kiev deve deixar o país por considerar estar “iminente” uma invasão russa, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

A União Europeia (UE) também recomendou esta sexta-feira aos funcionários não essenciais da sua representação em Kiev que deixem a Ucrânia e façam teletrabalho, adiantou o porta-voz do chefe da diplomacia europeia.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai falar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin este sábado sobre a crise na Ucrânia, que os ocidentais querem resolver por “meios diplomáticos”.

Durante uma conversa ao fim da tarde de sexta-feira, líderes ocidentais, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, “reafirmaram o seu apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, disse a Presidência francesa.

Os líderes “reiteraram o seu desejo de favorecer a voz diplomática, o diálogo e à dissuasão para realizar a desescalada”, segundo o Palácio do Eliseu. Também decidiram “manter extrema vigilância” sobre “os exercícios militares russos que começaram na Bielorrússia em 10 de fevereiro, como esperado”.

Emmanuel Macron vai reunir-se novamente Vladimir Putin, que o recebeu em Moscovo na segunda-feira durante mais cinco horas. O chefe de Estado francês foi então a Kiev na terça-feira para se encontrar com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, seguindo depois para Berlim.

O Palácio do Eliseu indicou que a viagem diplomática havia alcançado o “objetivo” ao permitir “avançar” para reduzir a tensão entre a Rússia e Ucrânia. A Casa Branca disse que Joe Biden também está a considerar ligar para Vladimir Putin para tentar convencê-lo a não invadir a Ucrânia.